Navegação da bússola
Embora a maioria de nós tenha tido uma introdução à navegação subaquática com bússola durante nosso curso inicial de certificação de mergulho, é provável que você tenha feito seus primeiros mergulhos de férias em um plano de mergulho “siga o divemaster” que não exigia muita auto-navegação. Quando estiver pronto para fazer rotas de mergulho mais independentes, você pode estar um pouco enferrujado. Não tema; bússola navegação subaquática é um pedaço de bolo.
PARTES DA SUA BÚSSOLA
Você encontrará dois tipos de bússola para navegação subaquática, a convencional (analógica) ou eletrônica (geralmente integrada ao seu computador de mergulho).
A bússola de navegação subaquática convencional possui 4 características básicas:
Agulha magnética – geralmente é uma seta impressa em um disco (ou uma agulha) que pode girar livremente e que aponta sempre para o norte magnético do planeta. Esta é a base para a navegação com bússola, pois está sempre apontando para a mesma direção, em que você consegue determinar a posição relativa em relação ao norte.
Linha de fé – é uma linha reta, geralmente na cor vermelha, que atravessa o centro da face da bússola. Esta linha deve ajudar a determinar seu curso (direção) durante o deslocamento embaixo d’água e você deve sempre mantê-la alinhada com seu corpo.
Bezel/Coroa com os ângulos – o bezel tem marcação de 360 graus, pode ser girado para ambos os lados e possui duas marcações. Uma marcação simples no ângulo de 180 graus e uma marcação dupla em 360 graus. Você utilizará estas marcações para “zerar” o norte da sua bússola e seguir o rumo que desejar.
Referências de curso – são as medidas/marcações dos ângulos no bezel. Alguns modelos mostram de 30 em 30 graus e outros somente 0, 90, 180 e 270 graus.
JANELA DE LEITURA LATERAL
Muitos mergulhadores preferem usar a janela de leitura lateral da bússola.
Este é um mecanismo relativamente simples. Uma única marca de índice permite que você leia a direção em que a bússola está apontada em graus.
Um tipo de bússola cada vez mais popular é o; bússola digital, que possui um recurso embutido em muitos computadores de mergulho que funciona exatamente em como varia, marca e modelo. Em geral, eles funcionam muito como uma leitura lateral mecanicamente.
Uma janela lateral permite que você segure a bússola entre seu destino e seu olho e leia seu curso.
No entanto, isso requer regularmente um conjunto extra (leia-se: confuso) de números. Além disso, você pode ver apenas números, sem marcas, através da pequena janela.
Segurando, Ajustando e Navegando com uma Bússola
É muito importante segurar e posicionar sua bússola apropriadamente para nadar em linha reta. Caso não faça corretamente, você não navegará com precisão, mesmo tendo ajustado a bússola.
Alinhe a linha de fé com o seu corpo, deixando-a na sua frente apontando para a direção que você pretende ir. Deixe a bússola nivelada (na horizontal) para que a agulha magnética possa girar livremente.
No caso da bússola ser utilizada no seu punho, estique para frente o braço sem a bússola, dobre o outro braço (com a bússola) segurando na região do cotovelo do braço esticado.
Se estiver usando um console com a bússola, segure-a com as duas mãos, alinhada à sua frente.
Em ambos os casos trave os braços, mantenha a bússola nivelada e olhe por cima dela. Isto lhe permite uma boa leitura ao mesmo tempo que observa o caminho e possíveis obstáculos.
Siga os seguintes passos para uma navegação subaquática em uma linha reta e então retornar para o mesmo ponto de origem:
1. Segure a bússola com a linha de fé apontada para o curso desejado (lembre-se de que o seu corpo também tem que estar alinhado com a linha de fé).
2. Aguarde a agulha estabilizar (irá apontar para o norte magnético) e então gire o bezel de modo que a marcação dupla se encaixe na ponta da agulha. Chamamos isso de “zerar” o norte e agora você não precisará mais ajustar o bezel.
3. Mantendo a bússola estável, a linha de fé alinhada ao seu corpo, comece a nadar e monitore sua bússola mantendo sempre a ponta da agulha entre a marcação dupla do bezel. Desta maneira, você fará um percurso em linha reta.
4. Caso a ponta da agulha saia da marcação dupla significa que você está desviando do seu curso. Portanto, gire seu corpo (não gire o seu braço) de forma que a ponta da agulha volte a ficar entre a marcação dupla e continue nadando.
5. Ao chegar no seu ponto de interesse, para voltar, você deve girar seu corpo, mantendo a bússola nivelada, até que a ponta da agulha se alinhe com a marcação simples.
6. Mantendo a posição correta do teu corpo, nade e mantenha sempre a ponta da agulha na marcação simples. Você estará fazendo o caminho de volta e logo chegará ao ponto de origem.
7. Enquanto um mergulhador navega, o seu dupla mantém contato físico e monitora a profundidade. Deve haver uma combinação prévia durante o planejamento do mergulho na superfície (praia ou barco), para que ambos não precisem parar a navegação para um mergulhador comunicar ao outro que precisa descer/subir um pouco.
8. O dupla também poderá fazer a contagem de ciclos de pernadas para saber a distância aproximada até chegar ao ponto de interesse. Quando fizerem o caminho recíproco, basta contar o número de pernadas novamente e estarão praticamente no ponto do início do mergulho.
Bússola Eletrônica
As bússolas eletrônicas diferem em como mostram a direção e em como você as lê. Cada computador de mergulho vêm com mais detalhes do funcionamento específico da bússola no manual de instruções.
O que a difere das bússolas analógicas é o grau preciso indicado no seu computador de mergulho, com marcações de grau em grau (ex. 17 graus).
Sua utilização é muito parecida, porém você precisa gravar o valor do grau da direção que quer nadar. Mantenha este valor constante enquanto nada e estará seguindo uma direção reta.
Para ajustar o curso recíproco basta somar ou subtrair 180 graus. Se o ângulo inicial estiver entre 0 e 179 graus, então adicione 180 graus. Ex.: se o ângulo de ida era 50 graus, para voltar some 180 graus, então o ângulo da volta será 230 graus.
Caso o ângulo inicial estiver entre 180 e 360, então subtraia 180 graus. Ex.: se o ângulo de ida era 200 graus, para voltar subtraia 180 graus, então o ângulo de volta será 20 graus.
Procure arredondar os ângulos quando a visibilidade for de moderada a boa, isso facilitará os seus cálculos mentais. Porém utilize leituras mais precisas quando estiver navegando para um ponto específico ou a visibilidade estiver ruim.
Dicas para melhorar suas habilidades de navegação subaquática
1. Planeje seu mergulho – a sua navegação subaquática começa com um bom planejamento. Busque o maior número de informações sobre os pontos de mergulho com antecedência. Pesquise na internet, fale com amigos mergulhadores, dive masters & instrutores da operadora ou sua escola de mergulho. Colete informações do local como a formação costeira, pedras e objetos de referência, paredões, bancos de areia, naufrágios (comprimento, estado geral, suas partes) e correntezas.
2. Desenhe um mapa – utilize uma prancheta de mergulho para fazer um esboço do mapa do ponto de mergulho antes de cair na água. Depois de afundar, anote referências notáveis do seu ponto de partida (uma pedra diferente, um tronco afundado, uma âncora perdida, uma rede de pesca presa no fundo, etc) pois ajudarão você a se encontrar embaixo da água. Muitas vezes você não precisará usar o mapa efetivamente, pois provavelmente já terá gravado na memória, porém, caso ela falhe, é só puxar a prancheta!
3. Saiba onde está seu barco – quando fizer um mergulho embarcado, você precisa tomar nota e referências de onde começou seu mergulho e assim retornar para o local correto. Faça notas mentais de como se parece o fundo do seu barco (podem ter outros barcos no ponto de mergulho!) e quando chegar ao fundo marque algum coral, pedra e/ou outro objeto com a profundidade em que eles estão para saber exatamente a referência de onde chegou.
4. Confie na sua bússola – mas antes de confiar na sua bússola, garanta que ela está funcionando ainda na superfície. Durante seu mergulho, principalmente em águas com pouca visibilidade, você pode sentir que deve ir para uma direção porém sua bússola diz outra coisa, neste caso confie na sua bússola!
Dica: Tome cuidado para que nenhum equipamento seu possa interferir na bússola, alguns prendedores de octopus são feitos com ímãs e interferem no seu bom funcionamento. Isso aconteceu com um amigo durante nosso IDC (aulas para desenvolvimento de instrutor de mergulho) e repetimos o exercício umas 5X antes de identificar que o ímã era o que estava causando o problema da navegação!!!
5. Cuide do tempo e seu ar – em condições de mergulho sem correnteza, você monitora o seu tempo e o seu ar, sempre! Porém você usa o tempo para calcular quanto de ar você precisará para voltar até o ponto de origem. Por exemplo: quando você tiver consumido 1/3 do seu ar, você olha no seu computador de mergulho e está marcando 25 minutos. Faça meia-volta, nade no mesmo ritmo e quando tiver marcando 45 minutos comece a procurar os pontos de referência de onde iniciou o mergulho. Caso não encontre as referências, você sobe quando atingir os 50 minutos e provavelmente estará bem próximo do seu barco!
6. Navegação natural – os atalhos dos mares
Além de usar a bússola na navegação subaquática, dominar a navegação natural fará com que tudo fique mais fácil na navegação durante o seu mergulho. Existem várias maneiras diferentes de utilizar referências naturais para auxiliar na sua navegação, você pode usar uma, duas ou uma combinação de várias delas. Escolha as suas e nunca mais fique perdido!
6.1 Marcações naturais – essas marcas devem ser reconhecidas facilmente e não podem ser móveis ou genéricas ao ponto de você se confundir com outras que encontrará durante seu mergulho. Elas podem ser grandes pedras/rochas, pedras com um formato muito diferente, um naufrágio, um grande tronco, uma âncora perdida, uma planta única em formato/cor na região, um coral colorido combinado com uma pedra em determinado formato etc.
6.2 Luz do sol – se estiver mergulhando em águas com grande visibilidade e em mergulhos mais rasos (até uns 10 metros) a luz do sol poderá te ajudar. Porém não é a mais confiável pois nunca se sabe quando virá uma nuvem ou até mesmo o tempo pode virar no meio do mergulho. Entretanto, a inclinação dos raios solares pode auxiliar em saber sua direção na ida e na volta. Por exemplo: você começa o mergulho com o sol à sua direita e quando estiver voltando o sol tem que estar à sua esquerda (ou o sol está na sua frente na ida e nas suas costas na volta).
6.3 Ondulações na areia – quem já tomou banho de mar deve ter notado as ondulações na areia paralelas à praia. Estas marcas são pequenas e pouco espaçadas no raso e vão ficando maiores e mais espaçadas quando vamos para o fundo. Durante um mergulho de costa ou praia, você utiliza estas marcas para se orientar.
6.4 Correntezas – mergulhos feitos em baías ou áreas abrigadas costumam não ter muita influência de correntezas, porém, nos extremos/pontas da baía, geralmente existe uma corrente do mar aberto ou um canal. Você deve ficar atento para quando a correnteza começar a aumentar, você saber que tem que dar meia-volta.
Dica de Ouro 1 – Sempre olhe para trás!
Marque suas referências olhando para a direção oposta à direção que você iniciará o mergulho. Caso não faça isso, você provavelmente não reconhecerá os pontos de referência e passará do ponto inicial. É mais garantido olhar para trás no início do seu mergulho para marcar seus pontos de referência para já saber como ele ficará no momento que estiver retornando!
Dica de Ouro 2 – marque 3 pontos de referência no início do seu mergulho (olhando para trás!). Tente tirar uma foto mental de 3 pontos distintos para ter certeza que não está confundindo com outro local. Por exemplo, identifique um coral que possa estar quebrado, uma pedra com uma rachadura e um coral cérebro em determinado posicionamento, formando, por exemplo, um triângulo entre os 3 objetos. Memorize que a pedra está entre o coral (um pouco acima) e o coral cérebro (um pouco abaixo) e marque a referência deste conjunto.
Dica de Ouro 3 – sempre memorize a profundidade dos pontos de referência. Além dos 3 pontos listados na dica 2, você marca também a profundidade em que a pedra com a rachadura se encontra, por exemplo. Digamos que esteja em uma profundidade de 11 metros, faça seu mergulho controlando o tempo, seu ar e vá até uns 20 metros de profundidade. Faça meia volta, de acordo com o tempo ou ar e, quando o tempo calculado estiver indicando que está próximo do ponto inicial, vá subindo até chegar aos 11 metros. Diminua um pouco sua velocidade de nado e procure pelos 3 pontos de referência. Com todas essas dicas você achará fácil!
Exemplos reais que farão você se destacar
Ciclos de pernadas – uma maneira de medir distância embaixo da água é contar os ciclos de pernada. Um ciclo de pernada é contado quando sua nadadeira (escolha uma perna para contar) retorna à sua posição original. Por exemplo: tome sua perna direita como referência, inicie seu nado com essa perna no alto, faça o movimento para baixo, depois para cima – este foi o primeiro ciclo de pernada. O ciclo de pernadas sempre é contado por quem NÃO está navegando, o dupla. Assim, o mergulhador encarregado da navegação, não precisará se preocupar em contar os ciclos de pernadas e estará focado em somente uma tarefa.
Navegação em triângulo – este é um bom exercício para treinar bússola na navegação subaquática. Embaixo da água, zere o norte para a direção que desejar ir. Defina quantos ciclos de pernadas você dará com seu dupla, comece com poucos ciclos, uns 10 ciclos está de bom tamanho. Quando terminar os ciclos, você irá virar seu corpo para a direita até que a ponta do norte encoste no ângulo de 240 graus no bezel. Dê mais 10 ciclos de pernadas. Vire-se novamente para a direita até que a ponta do norte magnético encoste no ângulo de 120 graus no bezel. Dê mais 10 ciclos de pernadas e você e seu dupla deverão chegar ao ponto inicial, se não houver correnteza no local.
Quando você faz o triângulo virando para a direita, você sempre irá subtrair 120 graus. Ou seja, 0 graus (ou 360 graus), depois 240 graus (360 – 120) e então 120 graus (240 – 120).
Ao fazer o triângulo virando para a esquerda, você sempre somará 120 graus. Ou seja, 0 graus, depois 120 graus (0 + 120) e então 240 graus (120 + 120).
Navegação em quadrado – similar ao triângulo, porém você irá adicionar ou subtrair 90 graus quando for virar. Lembre-se de zerar o norte no início e definir o número de ciclos de pernadas com seu dupla.
Quadrado virando à direita, os ângulos serão: o inicial, por ter zerado o norte, será sempre 0/360 graus. Para a primeira virada, o ângulo será 270 graus (360 – 90), a segunda virada, 180 graus (270 – 90) e a terceira virada será 90 graus (180 – 90).
Quadrado virando à esquerda, os ângulos serão: o inicial, por ter zerado o norte, será sempre 0/360 graus. Para a primeira virada, o ângulo será 90 graus (0 + 90), a segunda virada, 180 graus (90 + 90) e a terceira virada será 270 graus (180 + 90).
Mergulho embarcado – as dicas aqui farão você começar e terminar o seu mergulho ao lado do barco! Você não sairá mais longe do barco e não terá mais que fazer longos nados de superfície. Para alcançar esta façanha, é preciso usar várias das habilidades que foram listadas anteriormente. Não se preocupe que vou detalhar toda a sequência nos mínimos detalhes.
No barco, converse com o Dive Master ou com o Instrutor para pegar os detalhes do ponto de mergulho. Faça um esboço do mapa do ponto de mergulho e anote os pontos mais importantes para o planejamento com seu dupla. Geralmente, o barco fica um pouco afastado da costa aonde o mergulho será feito. Após o barco ter lançado a âncora, zere o norte da sua bússola apontando perpendicularmente à praia ou ao costão. Com isso, você já sabe quando estará indo para o ponto de mergulho ou voltando para o barco, mesmo embaixo d’água.
Hora de entrar na água e realizar a descida em 5 passos. Aqui você pode optar por usar o cabo da âncora como referência ou descer sem referência (para os mais experientes). Chegando no fundo (cuidado para não tocar no fundo e não prejudicar a vida marinha), a primeira coisa a fazer é usar sua bússola. Gire seu corpo até encaixar a ponta da agulha na marcação dupla do bezel. Junto com seu dupla, comece a nadar e a contar os ciclos de pernadas até quando você notar que chegou nas pedras, ou se começou a ficar mais raso. É hora de parar, anotar quantos ciclos de pernadas foram dados e sentir a correnteza.
Antes de começar o seu mergulho, sempre contra a correnteza, olhe para trás e identifique 3 pontos de referência. Anote mentalmente a profundidade, se afaste mais um pouco deles e olhe novamente para trás. Dê uma boa olhada, repita mentalmente os pontos de referência e suas características, isso ajuda a memorizar.
Faça seu mergulho controlando o tempo e o ar. Tente identificar referências naturais durante o mergulho para te ajudar na hora de voltar. Porém, algumas vezes, eu faço o mergulho indo para o fundo, após anotar as 3 referências, e retorno mais ou menos na profundidade das referências, ou seja, neste caso, as referências naturais não me ajudarão na volta. Caso você vá e volte mais ou menos na mesma profundidade, as referências naturais te ajudarão muito!
Agora você está voltando e, pelo tempo, sabe que está próximo do ponto de início do seu mergulho. Lembre-se da profundidade em que elas estão, diminua a velocidade do seu nado e tente identificar as 3 referências. Encontrando o ponto, você pode subir para fazer sua parada de segurança aos 5 metros. Após os 3 minutos, você estabiliza sua bússola, gira o corpo até que a ponta da agulha encaixe na marcação simples do bezel, ou seja, você estará indo em direção ao barco.
Com o auxílio do seu dupla, preste muita atenção para deixar sua bússola estável e para controlar a profundidade. Como vocês estarão navegando à meia água (sem a referência do fundo) é muito importante cuidar da sua flutuabilidade. Conte suas pernadas (você não se esqueceu disso né?!) e termine de subir quando acabar suas pernadas. Preste muita atenção na subida para não bater a cabeça embaixo do barco, pois eles sempre se movimentam um pouco por causa da maré. Show, né!?!?
Mergulho de praia – esta técnica é muito parecida a do mergulho embarcado e a utilizei durante meus mergulhos em Bonaire.
Os pontos de mergulho por lá são todos identificados com boias flutuantes. Nessa região a profundidade gira em torno dos 6 a 8 metros. Depois disso você nada em direção ao fundo até uns 10/12 metros para encontrar o início dos corais. Com isso explicado vamos às dicas!
Você se equipa na areia, entra no mar e nada até a boia. Aqui você descansa um pouco e, apontando a linha de fé em direção à praia, mirando no seu carro, você irá zerar o norte. Agora você já sabe, à partir deste ponto, como chegar até o seu carro na praia.
O passo seguinte é descer até o areião. No fundo gire seu corpo, olhando para a bússola, até que a ponta da bússola se encaixe na marcação simples do bezél, ou seja, você estará indo para o fundo. Nade até chegar nos corais, pare e sinta a correnteza.
Você nada um pouco (umas 5 pernadas) contra a correnteza e olha para trás. Procure três pontos de referência e memorize-os. Veja a profundidade e memorize-a. Nade mais um pouco contra a correnteza e volte a olhar para trás. Procure pelos três pontos que você acabou de memorizar e, depois de identificá-los, faça seu mergulho.
Na volta, siga o mesmo procedimento do mergulho embarcado e encontre os 3 pontos de referência. Gire o corpo com a bússola até a ponta se encaixar na marcação dupla, ou seja, está indo em direção à praia.
Nade mantendo a bússola estável até chegar na região da boia. Como lá a visibilidade é boa será fácil enxergar onde ela está mesmo errando um pouquinho na navegação. Depois disso é só continuar seguindo até os 5 metros de profundidade. Faça os 3 minutos da parada de segurança e prossiga até o raso. Pronto, seu carro estará a poucos metros e você não precisará andar muito com seu equipamento pesado!
Atenção
Sempre consulte o Dive Master ou Instrutor que está na saída de mergulho da sua intenção de praticar bússola na navegação subaquática.
Caso você não tenha muita experiência observe primeiro os mergulhadores mais experientes que estão liderando o grupo de mergulho.
Pratique estas técnicas em pontos de mergulho que você já conhece e em condições de tempo e correnteza boas.
Procure cursos específicos onde você irá aprender estas e outras técnicas e poderá praticar sob a supervisão de um instrutor.
por https://www.turismorifaina.com.br/
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